4 de outubro de 2.008 (sábado), das 10:30 às 17:00 horas
Av. Cons. Rodrigues Alves, 523 - Vila Mariana
(Próx. à estação Ana Rosa do Metrô e ao Detran, nas imediações do Parque Ibirapuera)

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Em 4 de outubro de 1.959, os paulistanos, já desanimados em meio a candidaturas para lá de caricatas, elegeram o rinoceronte Cacareco, com margem folgada de cerca de 90 mil votos. Esse número expressivo demonstrava que a população já estava farta de políticos sem propostas e que se apresentavam de forma cômica, como o obeso de 230 kg que ostentava o slogan político "O candidato que vale o quanto pesa" ou aquele outro que andava acompanhado de uma onça, brandindo aos quatro ventos que "Eleitor inteligente vota no amigo da onça".
desencadeado por uma brincadeira de uma das mentes inquietas do final da década de 50, o jornalista Itaboraí Martins, na época jornalista de "O Estado de S. Paulo" e da rádio "Eldorado". Ele, arrefecido em seu direito maior de exercer a sua cidadania, comentou jocosamente com os amigos que votaria no paquiderme. Aquela declaração tocou fundo nos demais companheiros que começaram a cogitar a idéia. Diante da adesão gigantesca, ele e os compadres saíram pichando pela cidade os dizeres "Cacareco para Vereador", o que logo ganhou a atenção da mídia e da população local.
O mais engraçado é que Cacareco, que ostentava sua corpulenta massa de 900 kg, filho de Britador e Teresinha, cujo nome advinha do fato de ser feio e desengonçado quando filhote, era despido de pretensões políticas. Caiu de pára-quedas em São Paulo, por meio de um empréstimo do Zoológico do Rio de Janeiro para participar da inauguração do Zoológio de São Paulo, em março de 1.958.
Em uma praça japonesa, um fotógrafo notou um pássaro morto no chão, a causa mortis, no entanto, era desconhecida.
Dentro em pouco, uma outra ave se aproxima do falecido e clama pelo seu par morto. Permaneceu, segundo relato do próprio fotógrafo, por um bom tempo junto ao companheiro, inconformado. Dava pouca importância aos passantes, superando seu próprio medo.O desespero
Em um momento de puro impulso, o pássaro voa até o falecido e pousa, impactando-o, como querendo acordá-lo daquele sono profundo.
O inconformismo
Percebendo que seu esforço era em vão, o pássaro lança um olhar de lamento para o corpo do companheiro.
Referência Científica
Na metade da década de 30, o etólogo alemão Konrad Lorenz popularizou o imprinting filial, o processo pelo qual um animal recém-nascido aprende a reconhecer as características únicas de um dos pais, geralmente da mãe. Esse fenômeno foi batizado de imprinting pelo mentor de Lorenz, Oskar Heinroth, que acreditava que o estímulo sensorial com que os animais recém-nascidos se deparavam ficava imediata e irreversivelmente “estampado” (em inglês, “imprinted”) em seus cérebros. Lorenz demonstrou a idéia com seus famosos gansinhos, que passaram as primeiras horas de suas vidas com ele e conseqüentemente o seguiam por toda a parte. Mesmo adultos, os gansos preferiam a companhia das pessoas à das aves.







