sábado, setembro 20, 2008

Choro sem lágrimas...

Demonstrações de carinho entre espécimes animais, em tempos de individualismo humano extremado, reelabora e dá nova cor ao nosso conceito de sociedade. O exemplo, neste caso, vem dos pássaros, que se destacam, normalmente, pela beleza de seu canto e de seu vôo.

O destoante
Em uma praça japonesa, um fotógrafo notou um pássaro morto no chão, a causa mortis, no entanto, era desconhecida.

O peculiar Dentro em pouco, uma outra ave se aproxima do falecido e clama pelo seu par morto. Permaneceu, segundo relato do próprio fotógrafo, por um bom tempo junto ao companheiro, inconformado. Dava pouca importância aos passantes, superando seu próprio medo.

O desesperoEm um momento de puro impulso, o pássaro voa até o falecido e pousa, impactando-o, como querendo acordá-lo daquele sono profundo.

O inconformismoPercebendo que seu esforço era em vão, o pássaro lança um olhar de lamento para o corpo do companheiro.

O bando presta sua homenagem
O bando todo, com dezenas de aves, segundo relato de testemunhas, liderados pelo mais triste deles, faz uma revoada próxima ao companheiro morto antes de seguir seu rumo.

Uma última tentativa
O líder do bando, transtornado ainda, desvia seu curso de vôo e retorna àquele fatídico ponto na rua e tenta, com todas as suas forças, trazer o companheiro de volta à vida, piando alto e forte juntinho deste, para assim, poder despedir-se de vez.